A Aliança Seguros cresceu 70% em volume de prémios no exercício de 2021, chegando aos 12,1 mil milhões de kwanzas (24,7 milhões de dólares). Em consonância, e mesmo tendo em conta a desvalorização do kwanza e os fortes investimentos no exercício, o EBITDA cresceu 14%, para 1,758 mil milhões de kwanzas (3,587 milhões de dólares) com o volume de negócios a situar-se nos 12,158 mil milhões de kwanzas (cerca de 24,8 milhões de dólares) e os resultados líquidos a fixarem-se em 1,514 mil milhões de kwanzas (aproximadamente 3,089 milhões de dólares)*.
A margem de solvência da empresa (que mede a capacidade da companhia em fazer face aos compromissos e riscos), o principal indicador do sector segurador, fixou-se nos 300%, quase o triplo da verificada em 2020 (122%) e 4,6 vezes maior do que em 2019 (64%).
A seguradora cresceu em todos os canais, directo, bancassurance e mediação/corretagem. A aposta no digital e o outsourcing do contact center permitiram uma disponibilidade até às 23h59, sete dias por semana, o que impactou muito positivamente o volume de prémios.
Este investimento enquadra-se “na actualização do posicionamento da Aliança Seguros, com o foco de todas as suas iniciativas no Cliente e ter as suas necessidades como centro do seu negócio”, como sustenta Marco Aurélio Mendes, administrador executivo da companhia. Este novo posicionamento culminou na mudança de assinatura, que agora é “Um parceiro para a vida”.
Marco Aurélio Mendes considera que o exercício se caracterizou por alguma retoma económica nos mais diversos sectores, o que influenciou a performance da Aliança Seguros. Esta envolvente permitiu ganhar novos e importantes contratos e consolidar a sua posição comercial, estando a companhia presente nos mais relevantes sectores de actividade, designadamente, Oil & Gas, Geologia e Minas, Construção, Aviação e Indústria.
A Aliança Seguros, que no final de 2021 era a sexta do ranking nacional, aposta no futuro próximo em integrar o top 5 das seguradoras angolanas, objectivo que se alicerça no esforço de estruturação fortemente desenvolvido em 2021 e que se mostra cada vez mais trangível. A Aliança Seguros apostou na formação intensiva da sua equipa, na criação de um call center e investiu num novo software, em que investiu mais de meio milhão de dólares. A estratégia para o exercício de 2022 tem, assim, como objectivo consolidar o crescimento sustentável e rentável da seguradora.
Ainda no quadro do desenvolvimento da companhia, Marco Aurélio Mendes destaca os desafios “muito estimulantes” com que a empresa e o sector se deparam, nomeadamente a alteração da envolvente, com um ambiente de negócios em mudança, cada vez mais tecnológico e competitivo, legislação cada vez mais exigente, um regulador mais activo, a nova lei da actividade seguradora e resseguradora, a aposta no sector energético e a retoma das operações petrolíferas, bem como o regresso dos operadores de petróleo e o desenvolvimento do negócio do LNG.
*câmbio a 31/12/2021